domingo, 25 de janeiro de 2009

A noite sempre me encantou, é fascinante observar os mistérios que ela esconde, imaginar as coisas mirabolantes que poderia fazer e depois, ao amanhecer simplesmente imaginar e acreditar que foi só um sonho e que já passou... é , depois da tempestade vem sempre a calmaria e depois de uma noite turbulenta "quase" sempre uma linda manhã de sol...


Ultimamente tenho observado cada vez mais os mistérios da noite, no lugar que estou agora tenho um cantinho que é só meu e posso afirmar, ninguém é capaz de vislumbrar as belezas que esse meu cantinho me proporciona na calada e nos mistérios da noite. O céu, as estrelas, a lua(às vezes), o silêncio, todos eles tornaram-se meus cúmplices em atos que concretamente jamais teria coragem de praticar. No silêncio eu me mostro, eu sou, eu vejo, eu grito... algumas vezes ouso ouvir o eco da minha súplica, súplica de amar, porque ser amada não basta; de sentir, deixar apenas que me sintam às vezes é sufocante; de querer ,além daqueles que me desejam; de desejar tudo o que sei que no silêncio eu posso ser, ter, sentir...
O silêncio me encanta, me diz coisas que nunca consegui interpretar em nenhuma voz sequer...
A gritaria, os palpites, as opiniões... convivo sim com tudo isso, mas nada disso me faz deixar de ouvir o meu silêncio, a última palavra é sempre dele. Ele que não se cala, que não tem medo de se expor, que grita sem que ninguém perceba, que está sempre sóbrio nos momentos em que estou embreagada de opiniões.
Tenho que confessar algumas loucuras, já tentei aprisioná-lo, já tentei deixá-lo encarcerado, mas não adiantou... Coloquei-o dentro de garrafas, queria beber muitas doses e viver de pileque...Aprisionei-o em belas carteiras de cigarro, queria fumar longos tragos e viajar naquela sensação única... Experimentei colocá-lo em lindíssimas caixas de bombom, assim sempre que quisesse estaria lá à minha disposição, para que eu me empanturrase... Tentei de tudo, garrafas, caixas, embrulhos,mas nada adiantou, e só assim entendi que o silêncio me consome e não ao contrário, que nesse jogo não tenho mais cartas, elas já foram dadas, só me resta a interpretação...
Apesar de minhas tentativas sempre frustradas tenho que confessar: Vivo de pileque, fumo um cigarro a cada minuto, os bombons? Nem sei mais quantos por dia, não tenho mesmo controle.

O silêncio me consome e me encanta a cada dia...

4 comentários:

Lúcio Fer disse...

Eu te confesso... tenho medo da noite...

Gay Alpha disse...

Valeu pela visita, pelo comment e pelos elogios... hehehe!!! Curti tua escrita, viu! Voltarei aqui mais vezes!!! E qdo puderes passa lá tb!!! Bjos!

Beta disse...

obrigada pela visita e pelo comentário...

então, tá bárbaro esse post. me identifiquei com cada frase, com tudo que você disse.

boa semana pra voce
beijo

Gay Alpha disse...

Okay, querida!!! Vc será uma dos 2 ou 3 leitores que vão me sobrar... ótimo! Grande comment!!! Adorei! Bjos!